segunda-feira, 21 de maio de 2007

A semana em revista -- 21/05

Hoje decidi começar aquela que espero ser uma típica entrada neste blog. Depois de um fim-de-semana de reflexão e assimilação de tudo o que aconteceu durante a semana passada, é agora uma boa altura para falar do que se leu, escreveu, e viu por essa internet fora.

Uma das discussões mais divisivas entre fãs de videojogos é se um jogo deve convergir em direcção ás outras formas de entretenimento (vulgo cinema) ou se o caminho correcto é manter o jogo firmemente no plano da jogabilidade. É o típico caso Final Fantasy versus Super Mario -- deverão os produtores dar mais ênfase ao argumento ou à jogabilidade? Deverão os jogos ser experiências de pura jogabilidade, ou há espaço para jogos que pretendam contar histórias e desenvolver valores?

O blog Click Nothing tem um interessante artigo sobre isto mesmo. É uma excelente leitura em que, destilando o recente filme 300 nos seus componentes, o autor define o que é a essência do cinema e como é essencialmente incompatível com os videojogos.

Pessoalmente, não concordo com a conclusão -- sou da opinião que os videojogos são um meio vasto suficiente para serem abertos a múltiplos tipos de aproximações, e há excelentes jogos cinemáticos que provam isso mesmo -- mas a argumentação do artigo é impecável e vale bem a leitura.


Algumas pessoas (muito poucas, suponho) ficaram desapontadas com a revelação do novo jogo da Blizzard, Starcraft II. Essas pessoas estavam na espectativa de que o jogo anunciado seria, sim, um Starcraft, mas não seria uma sequela. Seria, isso sim, um jogo de aventura num universo persistente, um MMORPG.

Um dos principais atraentes deste tipo de jogos é a sua enorme vastidão, em que o jogador é livre de explorar um mundo gigantesco. Ás vezes, a exploração em si é muito mais atraente do que a maioria das recompensas que o jogo oferece, caso de Oblivion, jogo acerca do qual eu escrevi um artigo recentemente para o Insert Coin.

Quem estiver interessado no assunto, pode consultar esta entrevista Gamasutra a Clint Hocking, Director Creativo da Ubisoft Montreal. O senhor trabalhou na franchise Splinter Cell, e, embora realmente esta franchise não tenha muita da falada liberdade de exploração -- ou melhor dizendo, tem-na sobre outra forma, pois muito do jogo gira em torno da exploração minuciosa de um pequeno cenário e padrões dos seus habitantes -- Hocking tem coisas interessantes a dizer sobre o assunto.


É claro que é impossível passar esta semana em revista sem falar do Sony Gamers Day, o evento da Sony onde foram reveladas muitas das suas (fortes) apostas para este ano, na PS3 e PSP. Mas sinceramente não há muito a dizer -- pelo menos muito que não tenha sido dito na cobertura do evento por parte do blog Multiplicidades. O projecto português apresentou uma imensa quantidade de informação e múltiplos vídeos de download nacional, e sinceramente não consigo pensar num site, profissional ou não, que tenha oferecido mais.

Finalmente, vale a pena notar que ainda estão no ar ecos da Square Enix Party de há duas semanas. Muitos jogos com aspecto excepcional foram apresentados ao publico e imprensa, e se por alguma razão ainda leram pouco sobre o assunto, a cobertura da 1up é bastante completa.


Oh, e alguém desenterrou o Pac-Man.

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